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Entrevista do Presidente Executivo do Grupo JP sobre o mercado de Medicamentos e sobre os 50 anos do Grupo.

Entrevista do Presidente Executivo do Grupo JP sobre o mercado de Medicamentos e sobre os 50 anos do Grupo.

Murilo Corte / ME

O empresário André Ali Mere (Foto: Murilo Corte / ME)

Peso na saúde
No comando da indústria JP Indústria Farmacêutica S/A há 19 anos, André Ali Mere, 51, tem uma trajetória e tanto de contribuição para a área da saúde. A empresa enxergou, há 50 anos, um nicho quase inexistente no mercado – a produção de soros – e hoje distribui em todo o Brasil. Na entrevista a seguir, o empresário, que já foi advogado e jornalista, fala do segmento de produtos e soluções parenterais e do mercado de medicamentos.

Giro – Hoje a JP Indústria Farmacêutica S/A é uma empresa familiar. Esse modelo de administração deu certo?
André Ali Mere – Na realidade, somos uma empresa de controle familiar, tendo profissionais da família e do mercado nas funções executivas. Nossa experiência mostra que, a despeito da origem dos executivos, o mais importante é que o profissional esteja preparado para a função que irá exercer e que a empresa possua um modelo de governança profissional.

Quando a família começou com a indústria, em 1966, enxergou um nicho que ainda era fraco, o da produção de soros. após 50 anos, o que mudou no perfil da farmacêutica? 
Muita coisa mudou nestes 50 anos. O perfil da demanda é outro e a tecnologia é muito mais complexa e globalizada. Ou seja, o que fazemos aqui precisa estar no mesmo nível do que é feito de melhor no mundo. E para isso investimos muito em qualidade e em certificações internacionais. As técnicas de vendas, tanto para o setor público quanto para o privado, também evoluíram muito neste meio século. Além disso, ampliamos consideravelmente nossa área de atuação.

Qual a maior produção hoje?
No Grupo JP, atendemos a três grandes segmentos de negócios. As soluções parenterais, que estão na origem do nosso negócio; a bolsas para coleta e acondicionamento de sangue, um segmento em que nos tornamos um player importante no mercado brasileiro; e os equipamentos médicos produzidos pela Olidef, empresa que originalmente era dedicada à linha de neonatologia, com berços, incubadoras, equipamentos para fototerapia, dentre outros. Agora demos um salto importante com o lançamento da linha de monitores multiparamétricos.

Qual é a produção mensal de soros da JP? E o consumo do mercado de Ribeirão Preto é expressivo?
Temos muito orgulho de estarmos em Ribeirão Preto e a pujança do segmento médico hospitalar nos ajudou a chegar aonde estamos hoje. Porém, o maior volume de nossos produtos, nos três segmentos, vai para fora da nossa região. Com a Olidef, por exemplo, estamos presentes em todo o Brasil, temos representantes em 14 estados e no Distrito Federal e estamos em 50 países.

Como você avalia a liberação da produção da fosfoetanolamina, pílula do câncer, no Brasil?
A fostoetanolamina deveria seguir a regulamentação que segue todo medicamento, passando pelos testes necessários e recebendo autorização da Anvisa e não por meio de uma lei aprovada pelo Congresso.

A JP Farmacêutica pensa também em produzir um dia?
Não faz parte do planejamento da JP.

Essa competição que existe hoje no mercado farmacêutico é saudável na sua opinião?
A concorrência e o livre mercado são louváveis e importantes para a economia, ao mesmo tempo que uma regulação clara e eficiente também. Em alguns dos segmentos que atuamos, a competição é agressiva, às vezes predatória. Há empresas que abusam de seu poder econômico, praticando o que muitas vezes é classificado como concorrência desleal. Acontece, por exemplo, a venda casada de produtos. Na JP, nos pautamos pela ética e pelo respeito e acreditamos na atuação dos órgãos reguladores como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Mesmo com a crise, a venda de medicamentos vem crescendo. As pessoas estão ficando mais doentes?
Avalio que o que houve no Brasil foi um maior acesso da população aos serviços de saúde e também a ampliação da saúde suplementar. Isso gerou mais demanda por medicamentos simplesmente porque havia pessoas que não tinham acesso aos tratamentos.

A alta no preço dos medicamentos é reflexo da crise?
Nos últimos 15 anos os medicamentos tiveram aumentos abaixo da inflação e este ano houve uma correção importante.

 

Fonte:

https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/lazerecultura/giro/NOT,2,2,1171632,Andre+Ali+Mere+da+JP+Industria+Farmaceutica+fala+sobre+o+mercado+de+medicamentos.aspx

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